sábado, 4 de abril de 2009

FAÇO SEU PROJETO DE GRAÇA!!!!!!!!

ISTO MESMO!!!! DE GRAÇA!!!!!!!!, não vou cobrar nada pelo meu trabalho.
Você só precisa pagar o aluguel e o condomínio do meu escritório, a conta de luz, a conta de telefone, o salário de minha secretária, meu cadista, meu contador, minha anuidade do CREA, minha inscrição municipal, a ART do projeto, as cópias, plotagens, placa de obra, o IRRF, o ISS, visitas na obra, as idas e vindas aos orgão públicos, as correções e alterações no projeto, a responsabilidade técnica, enfim, só pague o que de fato é custo do projeto.
O resto, bem, o resto pode deixar que eu pago: o aluguel da minha casa, o IPTU, a prestação do carro, a gasolina, as contas de luz, água, telefone, gás, compra do supermercado, açougue, feira, a padaria, o convênio médico, a escola dos meus filhos, farmácia, vestuário, lazer, e outras coisas mais.
Não se preocupe não, é tudo particular, eu me viro.
Pois é, colegas arquitetos. Não é possível que voces não tenham consciência desses custos, tantos profissionais quanto pessoais.
(fonte: Arq. Rubengil Gonçalves)

Caríssimos!!!!!! Vamos lutar por preços justos e não fazer parte da turma da "canetada" ou seja, "trocando" projetos por sacos de cimento, ou outra coisa.
Lembrem-se do juramento !!!! a ética profissional!!!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Niemeyer jovem: o amor à linha reta


O milagre do gênio é imprevisível. Mozart, aos sete anos de idade, surpreendeu por seu virtuosismo musical; no entanto, esse tipo de fenômeno nunca aconteceu com arquitetos. A aprendizagem e o amadurecimento em arquitetura são um processo que passa por um embasamento técnico e por vivências formais e espaciais tomadas da realidade. É essa experiência que permitirá ao criador expressar-se com os instrumentos básicos da disciplina. Evidentemente, não é indispensável, para ser um gênio da arquitetura, assistir às aulas na academia, mas sem dúvida existe um ponto de partida para um trajeto que reunirá o conhecimento necessário para conceber a forma de uma edificação. É um percurso que pode ser lento ou acelerado, de acordo com as circunstâncias familiares, sociais e culturais que emolduram a formação intelectual, cultural e técnica do futuro arquiteto.
Dois casos paradigmáticos de gênios que não se formaram na academia e souberam projetar e construir desde muito jovens são Le Corbusier e Frank Lloyd Wright. O primeiro obteve os conhecimentos essenciais das técnicas artesanais e das expressões artísticas em uma escola de artes e ofícios na sua cidade natal, Chaux-de-Fonds, que lhe permitiu, aos 17 anos, projetar e construir a casa Fallet. Wright, aos 22 anos, construiu sua casa em Oak Park, Chicago. Por outro lado, a figura de Louis Kahn identifica o lento despertar da genialidade, já que, formado aos 25, ele projetou com 39 anos de idade sua primeira obra: a residência Oser (1940), em Elkins Park, na Pensilvânia.
A velocidade do amadurecimento criativo depende do ponto de partida na vida do adolescente. A mãe de Wright iniciou-o no sistema educativo de Friedrich Froebel, que, baseado em experimentações geométricas e formais, estimulou sua vocação para a arquitetura. Le Corbusier formou-se muito cedo na Suíça com Charles L’Eplattenier, que o introduziu nas correntes estéticas européias associadas com o artesanato e com a exatidão na produção de relógios. Por outro lado, Oscar Niemeyer teve um progresso mais lento até achar o caminho da arquitetura e manifestar sua genialidade. Decorre daí serem discutíveis tanto a afirmação de Yves Bruand de que “a ascensão de Niemeyer foi fulgurante”, como aquela que estabelece que o “milagre” aconteceria em 1936, quando colabora com Le Corbusier.
É curioso constatar que, sendo um dos arquitetos que mais escreveram sobre os acontecimentos marcantes de sua vida, Niemeyer não tenha se aprofundado no processo que o levou a descobrir a vocação e sua linguagem expressiva. Biógrafos e críticos tampouco fizeram uma leitura do conjunto de projetos que precedem a difusão do novo vocabulário, baseado nas formas curvas, que aparecem primeiro levemente no Pavilhão do Brasil na Feira de Nova York e depois com firmeza no conjunto da Pampulha.
O que identifica a personalidade de Niemeyer é a persistência da linha, representada pelo traço limpo e puro sobre o papel branco, antecipando a materialidade de formas e espaços. Primeiro, a linha reta dos projetos iniciais, e logo as curvas livres da arquitetura, das mulheres e das paisagens. Segundo o seu próprio testemunho, a paixão pelo desenho começou na infância: “Costumava desenhar no ar com o dedo. Minha mãe perguntava: ‘Menino, o que você está fazendo?’. E eu respondia com a maior naturalidade: ‘Desenho’. Na realidade, eu fazia algumas formas no espaço, formas que conservava na memória, que corrigia e desenvolvia como se de verdade estivesse desenhando”.
Ele conta também que nos seus primeiros anos de escola havia uma professora - Hermínia Lyra da Silva - que o fazia desenhar com lápis de cor: “Eu fazia bules, xícaras, estatuetas; desenhos que sempre recebiam nota dez e que minha mãe guardava orgulhosa”. Até decidir entrar na Escola Nacional de Belas-Artes para estudar arquitetura, Niemeyer continuou o exercício do desenho livre. Quando começou a trabalhar na tipografia do pai, distraía-se desenhando focinhos de buldogue e retratos de jogadores de futebol; e depois de casado fazia para a filha Anna Maria cabeças de buldogue com miolo de pão, pintadas meticulosamente a nanquim.
Esses primeiros anos da juventude não foram aproveitados para consolidar sua futura vocação para o desenho: ele só haveria de começar seus estudos na Enba aos 23 (a escola permitia o ingresso aos 17 anos). Na verdade, Niemeyer não tinha grande vocação nem disciplina para o estudo regular, alternando a sua paixão pelo futebol com a vida boêmia, que transcorria entre bares, cabarés e cinemas, com uma turma de amigos. Ao privilegiar essas atividades “de recreio”, segundo ele próprio, abandona os estudos no Colégio Santo Antônio Maria Zacarias, dos padres barnabitas, para terminá-los mais tarde no Liceu Francês. Treinava no Fluminense Futebol Clube e chegou a participar de um jogo contra o Flamengo no Estádio das Laranjeiras. Foi até chamado para integrar a equipe profissional do Flamengo, convite que afortunadamente recusou. Alternava os bares da Lapa, o cabaré da rua do Passeio, o café Lamas e o cinema Polytheama com as festas musicais no Clube de Regatas Guanabara.
Sem dúvida, esse espírito livre e despreocupado moldou sua personalidade modesta e popular, assim como sua identificação com as pessoas humildes, suas lutas e sofrimentos, o que provavelmente contribuiu para a filiação ao Partido Comunista Brasileiro. Como sua família não possuía boa situação econômica, era mantida pelo avô Antônio Augusto Ribeiro de Almeida, ministro do Supremo Tribunal Federal, que os abrigava em uma grande residência em Laranjeiras. Quando Niemeyer casou, em 1928, com Annita Baldo - ele com 21 anos, ela com 17 -, passou a trabalhar na tipografia do pai para poder se manter. Em sua autobiografia, ele comenta as privações daqueles anos, quando alugou uma pequena casa, onde morava com a esposa, a prima Milota (que contribuía com o sustento do casal) e, em seguida, com a filha Anna Maria, nascida pouco tempo depois, em 1932. Entrementes, ainda segundo sua autobiografia, declara definitivamente o seu interesse pela arquitetura e decide, em 1929, ingressar na Escola Nacional de Belas-Artes. Entre o clássico e o moderno
Existem escassas referências sobre a sua vida entre 1929 e 1934, ano em que se gradua como arquiteto. O próprio Niemeyer minimizou a significação desses anos de estudo. Além disso, não existem relatos nem testemunhos sobre sua participação na sucessão de fatos importantes que caracterizaram esse período. No fim de 1929, pouco depois da crise na bolsa de Nova York, Le Corbusier ministra duas palestras no Rio de Janeiro.


acompanhe o texto inteiro escrito por Roberto Segre e José Barki neste link:http://www.arcoweb.com.br/debate/debate120.asp

Monta, desmonta e muda de lugar


Uma pesquisa sobre arquitetura efêmera e cenográfica estimulou os arquitetos Abreu Júnior e Beatriz Kubelka a desenvolver um projeto inusitado: uma casa de vidro e estrutura metálica que pode ser montada em apenas três semanas e, se necessário, ser desmontada e erguida em outro local.

vamos trabalhar!!!!!

Bom, depois de tantos dias sem publicar algo no blog, devido ao acúmulo de serviços(não estou reclamando não!!!) volto a postar algo neste blog.
desde a minha última postagem vários foram os acontecimentos e pretendo logo publicá-los aqui.
ok!!
vamos ao trabalho!!!!!

quinta-feira, 31 de julho de 2008

Morre Joaquim Guedes


Joaquim Guedes morreu atropelado por veículo não identificado, em frente ao seu apartamento, na zona sul de São Paulo. O acidente ocorreu por volta das 20:00 horas de domingo, dia 27 de julho. Aos 76 anos de idade, pleiteava uma vaga na Câmara Municipal e era presidente licenciado do IAB - SP. O arquiteto Joaquim Manoel Guedes Sobrinho, nascido em São Paulo em 1932, foi professor da FAU - USP e da Escola de Arquitetura de Estrasburgo, na França. Como crítico da escola formalista, era intransigente e corajoso na defesa de uma arquitetura que representasse a cultura brasileira voltada para a nossa realidade.
Joaquim Guedes morreu atropelado por veículo não identificado, em frente ao seu apartamento, na zona sul de São Paulo. O acidente ocorreu por volta das 20:00 horas de domingo, dia 27 de julho. Aos 76 anos de idade, pleiteava uma vaga na Câmara Municipal e era presidente licenciado do IAB - SP. O arquiteto Joaquim Manoel Guedes Sobrinho, nascido em São Paulo em 1932, foi professor da FAU - USP e da Escola de Arquitetura de Estrasburgo, na França. Como crítico da escola formalista, era intransigente e corajoso na defesa de uma arquitetura que representasse a cultura brasileira voltada para a nossa realidade.

O nascedouro de uma revista


“Acho que a saída é fazer uma revista de arquitetura independente”, pensou Vicente Wissenbach. A fonte de suas preocupações era o Jornal Arquiteto - uma publicação conjunta do IAB/SP e do Sindicato de Arquitetos do Estado de São Paulo -, que ele editava desde julho de 1972, por sugestão de Alfredo Paesani, fundador do sindicato e cunhado do jornalista. Para dar peso à publicação, ambos convocaram o IAB/SP como parceiro. Foi firmado um contrato de cinco anos entre as entidades e a editora de Wissenbach, a Schema. Sem envolver dinheiro: quem pagava as contas da publicação eram os anúncios, uma vez que ela era distribuída de graça e não havia repasses das entidades. Estas, com o tempo, passaram a travar uma disputa velada por espaço e por associados. Wissenbach pensava na revista pois via incerteza no futuro da parceria de sucesso: o jornal começou com tiragem de 3,5 mil exemplares e chegou a 15 mil. “Vamos jogar tudo isso no lixo”, resmungou. Naquela mesma semana ele acertou com as duas direções que iria tentar fazer uma revista.
“Os veículos não são concorrentes”, explicou Vicente. “Enquanto o papel do primeiro é publicar notícias referentes à política profissional, o segundo terá como linha editorial a apresentação de projetos.”
Por outro lado, “há espaço editorial e comercial para isso”, relatou a um amigo. Isso porque, desde dezembro de 1971, quando a Acrópole deixou de circular, não existia nenhuma revista brasileira de arquitetura. “Imagina que a Summa, da Argentina, tem mil assinantes no Brasil”, continuou o papo.
O editor passou a testar o embrião da revista dentro do próprio Jornal, que começou a publicar alguns projetos.
“Primeiro vamos fazer um caderno de quatro páginas, depois de oito”, disse ele ao diagramador.“Como é que ela vai se chamar?”, perguntou um amigo arquiteto. “PROJETO”, respondeu Vicente. “Eu penso em criar publicações com nomes claros, que expressemde forma direta o conteúdo editorial. Se o focoda revista serão os projetos, então o nome será PROJETO”, falou. E ainda arrematou, quase como vidente: ”Se eu tiver uma revista de construção, por exemplo, vai se chamar Obra; e se for de design e interiores, o nome será Design & Interiores”.
Chamou Vivaldo Tsukumo para criar o logotipo. Depois de muito pensar na pauta da revista número 1, veio a idéia: “Temos que colocaralgo que diferencie a revista das demais publicações, voltadas para o público leigo”, pensou. “Podemos publicar indústrias: elas são facilmente atribuídas a engenheiros e, assim, iniciaremos a consolidação de mais um campode trabalho profissional para o arquiteto”, imaginou o editor.
A escolha da imagem da capa, que mostra alguns operários no interior de uma fábrica em Carapicuíba, foi questionada: “Isso não é uma provocação política, Vicente?”. E ele respondeu: “É só uma foto do Moscardi de uma fábrica pré-moldada. Olha que imagem bonita. É essa!”.
Enfim, uma das chamadas de capa da edição 44 do Jornal Arquiteto anunciava: “PROJETO: a proposta que vai virar revista”. A nota avisava os leitores que eles receberiam “uma minirrevista - que ainda vai crescer”.Nascia aí a publicação, com apenas 16 páginas.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

arquitetura pública


Projeto de lei prevê assistência técnica de arquitetos e engenheiros à autoconstrução
Lei que tramita no Senado pretende dar assessoria gratuita de construção para famílias com renda de até três salários mínimosRafael Frank
Se o Projeto Lei 6.981 que tramita no Senado for aprovado, engenheiros civis, arquitetos e urbanistas serão contratados pelas prefeituras para dar assistência técnica gratuita às famílias de baixa renda. Os serviços de engenharia e arquitetura incluiriam a construção de novas residências, reformas, ampliações ou regularizações fundiárias.
O atendimento seria prioritário às iniciativas sob o regime de mutirão ou áreas declaradas por lei como de interesse social. "As entidades estão pleiteando a prestação de serviços e engenharia e arquitetura pública há muitos anos", afirma Ricardo Veiga, presidente do Confea. O próprio Conselho possui programas de engenharia e arquitetura públicas semelhantes, como o Programa Casa Fácil (Crea Paraná) e Programa Engenharia e Arquiteturas Públicas (Crea Minas Gerais).
Veiga não identifica a autoconstrução dessas famílias como uma ameaça ao setor pela atual condição do mercado. Ele salienta que a inserção de aspectos técnicos nessas construções apenas acrescentaria melhorias à sociedade e evitaria problemas como desabamentos ou reformas desnecessárias por erros de execução. "O profissional pode orientar para evitar gastos e, até mesmo, o consumo de insumos de forma desnecessária", aponta. Outra melhoria diz respeito à questão estética que os arquitetos e urbanistas poderiam oferecer aos projetos dessas famílias.
A CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), o Sinduscon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo), a Ademi (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário) e o Deputado Zezéu Ribeiro não se pronunciaram até o encerramento desta matéria.
O projeto, que engloba famílias com renda de até três salários mínimos, foi baseado no artigo 6° da Constituição Federal, que estabelece o direito social à moradia, além de outros dispositivos legais. Ainda não há data definida para a votação do projeto. De autoria do Deputado Zezéu Ribeiro (PT-BA), que também é arquiteto e ex-conselheiro do Confea (Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia), o texto teve colaboração de diversas entidades do setor profissional da construção civil.
O projeto foi escrito em 2006 após duas audiências públicas na Câmara dos Deputados, mesas-redondas no Fórum Mundial Social e seminários promovidos pela FNA (Federação Nacional de Arquitetos e Urbanistas) com participação do IAB (Instituto de Arquitetos do Brasil), Sistema Confea/Crea, Ministério das Cidades, universidades e até mesmo prefeituras. Ainda não há definição quanto à procedência dos recursos para a implantação do projeto.

Participe do fórum: Prefeituras devem fornecer gratuitamente serviços de engenheiros e arquitetos para famílias de baixa renda? Isso é engenharia pública ou estímulo à autoconstrução?http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/134/artigo89622-1.asp